quarta-feira, maio 18, 2011

A BOA DIETA DA ENERGIA



A edição nº 2152 de 2011 da revista Isto é publicou a matéria “A boa dieta da energia”, relatando que em tempos de correria e rotina extenuante, a disposição e ânimo são duas coisas que todos buscam atualmente e, para isso, a ciência pesquisa constantemente quais são os alimentos para aumentar a vitalidade e aprimorar a performance do corpo e da mente.

Algumas questões foram abordadas na matéria com relação à identificação de compostos nos alimentos para aumentar a energia e que, embora os grupos de nutrientes apresentem o mesmo benefício, o fazem por caminhos diferentes e alguns com ação mais direta.

O magnésio foi um dos nutrientes abordados com grande importância devido ao processo de transformação do açúcar presente na circulação sanguínea em energia. Além de inúmeras outras funções, o magnésio está envolvido no metabolismo da glicose e secreção de insulina e a sua deficiência está associada ao aumento da resistência periférica à insulina, o que prejudica a entrada de glicose para a célula e, por isso, há consequente queda da energia. A fadiga também pode ocorrer pela deficiência deste mineral, uma vez que se houver déficit de magnésio, além de não ativar a bomba cálcio/magnésio, também não será possível ativar a bomba de sódio/potássio.

Além do magnésio, outros nutrientes foram abordados na matéria. Eles estão entre os que mais contribuem para a formação de energia, como selênio, ferro, zinco, sódio, potássio, cálcio, vitamina C e vitaminas do complexo B.

O zinco é um componente da insulina, atuando como regulador de sua atividade, além de participar da formação da hemoglobina, proteínas, replicação de ácidos nucleicos e divisão celular. É importante no exercício físico, pois auxilia na redução do lactato. A fadiga, além de estar envolvida com os níveis de cálcio e magnésio, pode ser também decorrente da formação de lactato, que ocorre quando há déficit de nutrientes antioxidantes (como zinco e selênio) e vitaminas do complexo B, principalmente em pessoas sedentárias ou que fazem pouca atividade física. Com relação ao selênio, os principais sintomas de deficiência são as dores musculares, fadiga e a fraqueza muscular.

O ferro é um nutriente essencial na formação de hemoglobina e mioglobina; sendo assim, sua deficiência afetará o transporte de oxigênio, causando sintomas como tonturas, dor de cabeça, falta de concentração e irritabilidade, assim como fadiga muscular devido à falta de oxigenação do músculo. Para maior absorção do ferro, a vitamina C entra como principal agente nesta função, pois aumenta a biodisponibilidade do ferro não heme, presente em alimentos de origem vegetal.

As vitaminas do complexo B são essenciais para o metabolismo dos carboidratos, atuando na conversão da glicose em energia e na manutenção dos tecidos nervosos, função e transmissão nervosa. Elas também participam na conversão de ácidos graxos, proteínas, enzimas e hormônios e, por isso, os sintomas comuns da deficiência de vitaminas do complexo B são cansaço generalizado, falta de disposição e fraqueza muscular.

De fato, cada um destes nutrientes é importante, assim como todos os outros, tendo em vista que nenhum nutriente age isoladamente, mas em sinergia, para que desempenhe sua função adequadamente.

A ingestão de carboidratos com regularidade, principalmente os ricos em fibras (que possuem uma absorção mais lenta, não deixando que a glicemia caia abruptamente), também foi abordada na matéria como um dos fatores que auxiliam no aumento da energia e disposição. A hidratação também é um fator preponderante, principalmente para os praticantes de atividade física, pois a desidratação além de ocasionar efeitos prejudiciais à saúde, também promove a queda do desempenho na atividade.


As alternativas disponíveis no mercado, consideradas energéticas, exigem muita cautela. Um exemplo é a cafeína, que em doses excessivas, pode provocar nervosismo e taquicardia, além de prejudicar a absorção de nutrientes que são responsáveis por promover energia e disposição.

A matéria abordou também os efeitos do nitrato dietético, já que um estudo realizado no Instituto Karolisnka, na Suécia, mostrou que o nitrato pode melhorar a capacidade mitocondrial. O nitrato é um ânion inorgânico abundante em vegetais, sendo convertido in vivo em óxidos de nitrogênio bioativos, incluindo óxido nítrico, que é um vasodilatador. Os autores avaliaram os efeitos do nitrato inorgânico sobre a função mitocondrial basal e o consumo de oxigênio em voluntários saudáveis. Os resultados demonstraram que o nitrato dietético reduz o custo de oxigênio durante o exercício físico, mas o mecanismo ainda é desconhecido. Estes achados podem ter implicações para doenças de fisiologia do exercício e de estilo de vida que envolve as mitocôndrias disfuncionais, o que explica os benefícios do consumo de vegetais.
Ao analisarmos a denominada “boa dieta da energia” da matéria, podemos concluir que ter uma alimentação balanceada, rica em fibras, vitaminas e minerais, de acordo com as necessidades e estilo de vida de cada um, ainda é o melhor caminho para ter qualidade de vida. Ou seja, complicamos tanto uma questão tão básica. A população está perdendo a simplicidade de uma alimentação saudável, buscando alimentos de “última geração”, light ou diet, com promessas “tentadoras”, ou talvez tudo muito prático, porém repleto de sódio, gorduras e aditivos químicos que promovem uma saúde cada vez mais fragilizada e dias com pouca disposição e ânimo para realizar as atividades rotineiras.
Vale mais a pena investir um pouco do seu tempo para preparar uma alimentação o mais natural possível, evitando o excesso de alimentos industrializados, tendo sempre à mão frutas para os lanches, pois na hora da fome, o que tiver pela frente será bem-vindo. O corpo vai agradecer em forma de energia!

O que vc sabe sobre ADOÇANTES?

      



       Muitos com certeza já provaram algum alimento com um adoçante artificial não é mesmo? Muitas pessoas pensam que o adoçante é uma forma interessante de se reduzir calorias e de ajudar a perder peso. O que se observa na nossa população é que se tem introduzido esta substância cada vez mais na alimentação por achar que é melhor que o açúcar, por não ter calorias, por estar sendo saudável e outro pensamentos. Vocês já observaram que muitas pessoas que estão um pouco acima do peso, ou que estão querendo perder peso que consomem estes alimentos zero açúcar, zero calorias, diet e light sem modificar o hábito alimentar continuam com o mesmo peso?


  • Será que adoçantes realmente ajudam no processo de emagrecimento?
  • Você sabia que o aumento da ingestão de adoçantes ao longo dos anos, não deixou as pessoas mais magras?
  • Açúcar ou Adoçante, qual o melhor produto?
O açúcar refinado é altamente calórico e se consumido em excesso pode provocar o aumento de peso, além do aumento na produção de insulina, possível aparecimento de cáries, etc. As pessoas que não abrem mão do açúcar, experimentam a opção light, que possui as mesmas calorias do açúcar comum, só que possui um poder adoçante maior, necessitando de menos quantidade para adoçar. É uma mistura de açúcar com adoçante.
Com o processo de refinamento, o açúcar refinado perde nutrientes. A opção mais indicada é o açúcar mascavo, já que não passa pelo processo de refinamento, mantendo suas propriedades nutricionais.
Quanto aos adoçantes, existem inúmeras opções: frutose, aspartame, sucralose, entre outros. E até mesmo aquelas opções de adoçantes que são utilizadas para preparações culinárias, que podem ser submetidas a altas temperaturas. Todos esses são produtos industrializados. Tem o stévia que é um tipo de adoçante natural. Porém, nem todos gostam do sabor dos adoçantes, não se acostumam.


O Adoçante artificial foi considerado por muito tempo a salvação das dietas. Mas com o tempo, descobriu-se as sequelas que sua composição química pode deixar no organismo.




Adoçantes artificiais não têm valor nutricional nenhum.


Um estudo que saiu no European Journal of Clinical Nutrition mostra que os adoçantes não ativam o sinal de saciedade da maneira como o açúcar faz. O que pode encorajar oa mais gulosos, a comer mais e mais. Um outro estudo mostrou que os adoçantes podem até romper a habilidade natural do corpo em aferir calorias. Ou seja, eles não nos satisfazem e ainda por cima podem afetar nossa habilidade em alcançar saciedade com os outros alimentos.


Alguns estudos já relacionaram os adoçantes artificiais com dores de cabeça, insônia, piora da TPM e até leucemia e tumor maligno no cérebro.


Não há estudos de longo prazo do potencial dos múltiplos adoçantes através de uma vida toda.


Há novos produtos naturais com o poder de adoçar no mercado atualmente: agave, stevia e o próprio mel. Não necessariamente você precisa usar o açúcar refinado.


O agave é um adoçante natural de baixo valor glicêmico, ou seja, ele aumenta seu nível de açúcar no sangue menos que o açúcar ou o xarope de glicose (adicionado a inúmeros produtos industrializados). O agave tem um sabor delicioso e doce e você nem precisa de muita quantidade dele para tornar um alimento ou bebida doce.


O stevia vem de um arbusto, ou seja, também é natural. O único porém, é que alguns relatam sabor residual amargo após ingestão desse adoçante.


E sem exagero, podemos usar também o açúcar mascavo e o demerara, que não passam por processo de refino e não contém substâncias químicas.


Mas, para entender como eles funcionam no organismo, é preciso conhecê-los um pouco melhor. Estão prontos?


Sacarina:


Foi o primeiro adoçante sintético a ser descoberto e tem poder de adoçar até 500 vezes maior ao açúcar e não é metabolizado pelo organismo. Quando utilizado em altas concentrações, deixa um sabor residual amargo. Em 1986, trabalhos científicos comprovaram a sua segurança para a saúde. A dose diária recomendada é de 175mg, ou seja, menos de um sachê de 0,8g. Suas maiores vantagens são: fácil solubilidade e a estabilidade em altas temperaturas.


Ciclamato:


Assim como a sacarina, ele é um adoçante artificial muito usado pelo setor alimentício. Suas principais aplicações principalmente são em: bebidas dietéticas, geléias e como adoçantes de mesa. Com um menor poder de adoçar os alimentos, é apenas 30 vezes mais doce que a sacarose e não apresenta calorias. Diferentemente dos outros, possui sabor agradável e semelhante ao do açúcar refinado, mas ainda assim com um leve gostinho residual. Não é metabolizado pelo organismo e nem perde a doçura quando submetido a altas / baixas temperaturas e a meios ácidos. A dose diária recomendada é de 770mg ou um sachê de 0,8g.


Aspartame:


Possui sabor agradável e semelhante ao açúcar branco, só que com potencial adoçante 200 vezes maior, permitindo o uso de pequenas quantidades. Seu valor energético corresponde a quatro calorias/grama e é muito utilizado pela indústria alimentícia, principalmente nos refrigerantes diet. Seu uso é contra-indicado para portadores de fenilcetonúria, uma doença genética rara que provoca o acúmulo da fenilalanina no organismo, causando retardo mental. O aspartamo é muito sensível ao calor e perde o seu poder adoçante em altas temperaturas ou quando armazenado por muito tempo. A dose diária recomendada é de 2,8g, isto é, aproximadamente quatro saches de 0,8g.


Sucralose:


É um adoçante sintético com poder adoçante 600 vezes maior que a sacarose. Não é calórico e apresenta sabor agradável. Assim como os outros, ele também não é metabolizado pelo organismo e é eliminado por completo pela urina em 24 horas. Além disso, não produz cáries, além de reduzir a produção dos ácidos responsáveis pela sua formação. Pode ser usado como adoçante de mesa, em formulações secas (como refrescos e sobremesas instantâneas), em aromatizantes, conservantes, temperos, molhos prontos e compotas. Possui a vantagem de ser estável a altas e baixas temperaturas e resiste a longos períodos de armazenamento. A dose diária recomendada é de 1g, ou seja, pouco mais de um saches de 0,8g.


Stevia:


É um adoçante natural com poder adoçante 300 vezes maior à sacarose. Pode ser consumido por qualquer pessoa sem contra-indicações, não produz cáries e não é calórico, tóxico, fermentável ou metabolizado pelo organismo. Assim como a sacarina, o ciclamato e a sucralose, ele também apresenta boa estabilidade em altas ou baixas temperaturas. A dose diária recomendada é de 385mg, ou seja, menos de um sachê de 0,8g.


Algumas considerações:


Os adoçantes foram criados para auxiliar as pessoas diabéticas a controlar o nível de açúcar no sangue. Além do diabético, podem ainda ser indicados para auxiliar no tratamento de pessoas que sofrem de obesidade. Hoje, no entanto, parte significativa da população utiliza grande quantidade de adoçantes sem pensar na possibilidade de ocorrer efeitos colaterais.


Muitos pais acostumam desde cedo as crianças à utilizarem os adoçantes, provavelmente por desconhecerem os efeitos tóxicos e residuais destes produtos. Por exemplo, o aspartamo, quando utilizado em bebidas acima de 30ºC, como um cafezinho, apresenta efeito tóxico por elevar a produção de metanol entre 10 e 25%. Por não serem completamente absorvidos no intestino, o seu uso em doses excessivas também pode provocar diarréia.


Existem estudos concluindo que os adoçantes apresentam uma grande chance de provocar câncer. Outras pesquisas concluem que esta possibilidade é remota ou até nula.


Há algumas verdades conhecidas sobre os adoçantes, pelo menos até o momento: eles ajudam a emagrecer e a controlar o diabetes. As outras conclusões, somente o tempo, e claro, mais estudos, nos revelarão.

Embora não haja estudos científicos que comprovem que o adoçante possa fazer mal à saúde, existe um consenso entre os especialistas de que ele deve ser consumido com bastante moderação.
 Recomenda-se utilizar os adoçantes com parcimônia e a menor quantidade possível. Assim, todos os edulcorantes podem ser consumidos com segurança.

Se a pessoa não é diabética, não precisa usar adoçante. É preferível o uso de açúcar natural, como o mascavo. Já quem deseja perder peso deve fazer uma reeducação alimentar, colocar os adoçantes com moderação na dieta e praticar exercício físico.

quarta-feira, maio 11, 2011

APROVEITE, O INVERNO EMAGRECE!!!


A temperatura começa a ficar mais amena e de repente... o inverno e o friozinho chegam. E com eles o mito: O inverno engorda! Para nossa sorte, isso é só um mito.

Nosso corpo possui um mecanismo que mantém a sua temperatura constante. Não importa se está frio ou calor, uma pessoa saudável mantém sua temperatura a 36,6ºC.



Com o frio, o nosso organismo precisa produzir mais calor e o metabolismo então fica mais acelerado para manter a temperatura do corpo. Esse metabolismo mais acelerado é sinônimo de gasto maior de calorias. Por isso, as pessoas que vivem em países onde o inverno é mais rigoroso têm mais dificuldade de engordar.



Então o inverno é um bom período para se começar aquela dieta e chegar ao verão com o corpo em dia, pois como o nosso metabolismo está mais acelerado, queimamos mais gordura corporal para produzir mais energia e nos aquecer.



Se nos alimentarmos sem exagero, sem abuso excessivo de calorias, emagreceremos com mais facilidade do que se estivéssemos fazendo uma dieta durante o verão.



Isso mesmo, se você restringir o consumo de calorias no inverno, seu corpo terá que gastar combustível guardado (gordurinhas localizadas!!!)



Aproveite e beneficie-se do inverno. Algumas dicas:



-Pratos servidos bem quentes dão, nesta estação, a sensação de saciedade e prazer.



-Adicione temperos picantes às preparações (páprica, pimenta vermelha, pimenta-do-reino, alecrim, manjerona, gengibre, cebola, alho, vinagre de vinho), eles dão a sensação de calor e são pouquíssimo calóricos.



-O chocolate quente pode ser substituído por uma barra de chocolate meio amargo com alta porcentagem de cacau em sua composição.



Ou então substitua o chocolate quente por um chá quentinho. Há uma infinita variedade de chás no mercado.




-Aproveite essa estação para saborear uma taça de vinho tinto encorpado no jantar. O vinho tinto é rico em antioxidantes que protegem o coração. Fica uma delícia acompanhando um risoto de arroz integral ou de quinua.





-A salada também perde a graça no inverno, mas existem alternativas. Você pode colocar um tomate grelhado na sua salada verde, ou acrescentar alternadamente ovo de codorna, nozes picadas, bolinhas de mussarela de búfala, croutons, cubinhos de queijo branco...


-Fruta gelada no inverno, ninguém merece! Mas imagine uma banana assada com canela, uma maçã assada com calda de maracujá e adoçante, uma pêra cozida com calda de hortelã... quentinhas, deliciosas e bem magrinhas!




-Adicione às sopas farelo de trigo ou de aveia. Assim você terá uma refeição quentinha e rica em fibras. Elas ajudam a regular a função intestinal, manter o colesterol em níveis normais e a aumentar a sensação de saciedade.



- Além disso, podemos ingerir legumes e verduras cozidos, refogados e até suflês light de vegetais.



-Aproveite para tomar sopas deliciosas, aconchegantes e quentinhas. Elas ajudam a desintoxicar o organismo e têm pouquíssimas calorias. Mas fuja dos cremes cheios de creme de leite e manteiga, pois são muito calóricos além de gordurosos e ricos em colesterol ruim.



-No caso de se arriscar em pratos muito calóricos uma vez ou outra, como fondue e feijoada, esteja consciente das suas conseqüências. E então no dia seguinte use a lei da compensação: ingestão de alimentos menos calóricos, como sucos, sopas, grelhados...




Não deixe que o frio seja uma desculpa para suspender os exercícios. Eles aquecem o corpo e ajudam a queimar calorias, além de aumentar a disposição e jogar a auto-estima lá em cima
Enfim, pare de dizer que inverno engorda. Não espere o verão para cuidar do seu corpo. Faça-o agora. Afinal, o tempo passa muito rápido e daqui a pouco o verão está chegando.

sábado, maio 07, 2011

CONSUMO DE CÁLCIO E OBESIDADE


O cálcio é extremamente importante para o organismo, pois age como mensageiro no nosso corpo, o que permite que as células respondam a diversos estímulos. Além disso, faz parte da mineralização óssea, ativa enzimas e auxilia na hidrólise (quebra) de nutrientes, participa da contração muscular e também auxilia no tratamento e prevenção da obesidade. As principais fontes de cálcio são: gergelim, amêndoas, melado, soja, vegetais verdes folhosos escuros, tofu, feijões, brócolis entre outros.


O cálcio está relacionado com o controle do peso corporal da seguinte forma: o aumento do consumo de cálcio diminui o hormônio PTH e a vitamina D, substâncias essas que diminuem a concentração de cálcio dentro da célula facilitando a quebra de gordura corporal, e auxiliando o emagrecimento. Assim como o contrário é verdadeiro, a deficiência de cálcio pode levar a formação de gordura corporal.

Outro fator que pode fazer com que o cálcio intracelular favoreça o acúmulo de gordura é a deficiência de magnésio, sendo que a maioria das pessoas consome poucas fontes deste mineral (presente na semente de abóbora, amêndoas, avelã, castanha-do-Brasil, caju, tofu, amendoim, nozes, pistache, melado, semente de girassol, chocolate sem açúcar, acelga cozida, alcachofra inteira cozida, espinafre, feijão preto, quiabo, etc.) Mas cuidado, todo excesso é prejudicial, inclusive de cálcio, pois o excesso pode levar a problemas renais e desequilíbrio com outros minerais, prejudicando a saúde como um todo.

É importante lembrar também que o emagrecimento depende de inúmeros fatores. Por exemplo, o leite de vaca que muitas pessoas usam pra obter cálcio, está bastante associado com hipersensibilidade alimentar, apesar de a maioria das pessoas não saber que possuem esta sensibilidade. O consumo deste alimento e seus derivados pode estar associado com rinites, sinusites, bronquites, celulites, dores de cabeça, depressão entre outros, em pessoas sensíveis. Nestes casos temos o aumento da inflamação no organismo que leva a um estado conhecido como resistência à insulina, que prejudica o emagrecimento. Assim, apesar de conter cálcio, em pessoas com hipersensibilidade o cálcio do leite não terá esse efeito benéfico na regulação do peso corporal. Portanto, a individualidade bioquímica deve ser avaliada por um nutricionista capacitado, e é neste sentido que a Nutrição Funcional vem trabalhando.



Algumas dicas para aumentar o consumo e a absorção de cálcio:

- Diminuir a ingestão de sal: cada 500mg de sódio, excretam 10mg de cálcio e 1g de sódio excreta de 20 a 40 mg de cálcio.

- Não consuma proteínas em excesso: cada grama de proteína excreta 1,75mg de cálcio.

- Cuidado com o excesso de gordura: pode aumentar excreção de cálcio.

- Excesso de cafeína: diminui a retenção de cálcio no organismo de pessoas com dieta pobre em cálcio e aumenta a excreção de cálcio em mulheres na menopausa.

- Evitar ingerir fontes de cálcio com excesso de ferro porque estes nutrientes interagem entre si, diminuindo a absorção do cálcio.

- Evitar consumir fontes de oxalato, por exemplo, o chocolate, no mesmo horário que as fontes de cálcio, pois eles se ligam e são excretados nas fezes, diminuindo seu aproveitamento.

- Tenha uma alimentação equilibrada, pois a ação em conjunto dos nutrientes é que vai fazer o cálcio ser bem aproveitado e realizar suas funções.

MITOS E VERDADES SOBRE A VITAMINA C


A vitamina C é um nutriente que, em conjunto com diversos outros nutrientes, faz parte do sistema imunológico, e já foi verificado que em resfriados existe uma excreção maior dessa vitamina, mostrando que apesar de a suplementação não ser necessária segundo alguns estudos, isso não quer dizer que não seja um nutriente essencial para o sistema de defesa.

Além disso, a vitamina C pode atuar de maneira efetiva no combate ao envelhecimento. Nosso corpo entra em contato com muitos agentes estressantes como agrotóxicos, produtos químicos, poluição, estresse emocional, e tudo isso produz radicais livres que atacam diversas estruturas do corpo inclusive células da pele, com isso você acelera o envelhecimento. A vitamina C é um antioxidante que previne a ação dos radicais livres, evitando assim um envelhecimento precoce. Porém, não podemos esquecer que a vitamina C é uma das dezenas de substâncias antioxidantes que conhecemos.

A vitamina C ainda tem importante ação no auxílio da absorção do ferro não-heme, que encontramos principalmente nos produtos de origem vegetal, como o feijão, lentilha, vegetais verdes escuros, etc. A vitamina C faz uma ionização de minerais, e essa ionização deixa esses nutrientes numa forma mais facilmente absorvida pelo organismo. Mas, para observar essa ação, a vitamina C deve ser ingerida na mesma refeição em que há alta ingestão de ferro.


A vitamina C possui ainda vários benefícios ao organismo:

- Atua como co-fator ou co-substrato de diferentes enzimas, isso quer dizer que sem a vitamina C essas enzimas não terão um funcionamento adequado;

- Conversão do colesterol em ácidos graxos biliares, ou seja, retira o colesterol que temos no organismo e o transforma em uma enzima que vai auxiliar na digestão alimentar;

- Ação antioxidante;

- Ajuda a “economizar” a vitamina E.

Alguns exemplos de alimentos ricos em vitamina C são as frutas cítricas (laranja, mexerica, limão), mamão papaia, morango, kiwi, melão, tomate, manga, etc. Porém, deve-se tomar cuidado com a forma de consumo destes alimentos, pois a vitamina C é rapidamente perdida na cocção. A estocagem de alimentos frescos por longos períodos também reduz significativamente a concentração desta vitamina. Portanto, o consumo de alimentos frescos in natura da época, é o que mais garante o consumo adequado de vitamina C.

Para determinar a necessidade do indivíduo suplementar-se com essa vitamina o ideal é passar por uma consulta com um nutricionista que através de sinais e sintomas, que irá conseguir traçar a melhor estratégia pra cada um, bem como o nutricionista é o profissional capacitado para avaliar se realmente há necessidade de suplementação, ou se é possível suprir as necessidades de vitamina C pela ingestão de alimentos.

Independente da intenção do consumo da vitamina C, ela deve ser consumida em dosagens fracionadas, num intervalo de tempo de aproximadamente 3h ao longo do dia. Isso porque essa vitamina é hidrossolúvel, isso quer dizer que ela tem afinidade com água, sendo assim, aos poucos ela é excretada pela urina, então ela não é armazenada no organismo e sua concentração vai diminuindo com o passar das horas, por isso tem que ser consumida várias vezes ao dia.

Os suplementos vitamínicos são muito mais necessários do que se imagina, mas só devem ser utilizados com a indicação de um profissional capacitado, de uma forma que seja considerada a sua forma química, a interação do nutriente com outros nutrientes, interação com medicamentos que são utilizados por cada paciente, a qualidade de digestão do indivíduo, horário de consumo, e não da forma que encontramos para comprar. Muitas vezes estamos com o corpo desequilibrado do ponto de vista nutricional, necessitando de uma suplementação de vitaminas e minerais, mas o que se encontra são pessoas sem a suplementação necessária, ou com suplementações mal feitas, com nutrientes pouco disponíveis, sem acompanhamento nutricional e o pior de tudo, podendo piorar o quadro do paciente. Por isso, a individualização é essencial e deve ser acompanhada por profissionais competentes.

terça-feira, maio 03, 2011

SAL: COMO USÁ-LO A SEU FAVOR NA ALIMENTAÇÃO




O ato de se alimentar não é realizado apenas por razões nutricionais, ainda que preencha necessidades vitais e biológicas fundamentais que garantam a sobrevivência dos seres humanos. Uma multiplicidade de fatores interfere na alimentação, entre eles a cultura e o âmbito social. A matéria publicada na revista Corpo a Corpo chama a atenção para um vilão da dieta, o sódio, que pode influenciar o quadro de retenção hídrica (inchaço), peso corporal, além de vários problemas de saúde.

De acordo com a transição nutricional, o Brasil está classificado entre os maiores consumidores mundiais de sal, com média de ingestão de 15,09g diários, valor muito acima do limite máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, têm apresentado índices de hipertensão arterial em 18,2% da população.

Estudo sobre a ingestão de sal por brasileiros indica que a quantidade de sódio disponível para consumo nos domicílios do país excede em mais de duas vezes a ingestão máxima recomendada. Este dado foi encontrado em todas as macrorregiões do país, no meio urbano e rural e em todas as classes de renda. Em decorrência dos dados apresentados, o estudo destaca a importância do país se manifestar quanto à adoção de políticas públicas que simultaneamente informem a população sobre a importância de reduzir a quantidade de sal adicionada aos alimentos e que regulem o teor de sódio dos alimentos processados, visto que as doenças relacionadas ao excesso de consumo de sódio estão cada vez mais intensificadas.

Estudo destaca que apesar de uma relação evidente entre hipertensão arterial e hábitos alimentares, os mecanismos de intervenção ainda não estão bem elucidados. No entanto, são comprovados os efeitos que uma dieta saudável exerce sobre os níveis pressóricos. Os fatores nutricionais que mais influenciam a pressão arterial são o elevado consumo de álcool, sódio e o excesso de peso, visto que uma alimentação equilibrada contribui de forma satisfatória para o controle destas variáveis. Pesquisas estão evidenciando a possível interferência de nutrientes como potássio, cálcio e magnésio com o aumento da pressão arterial com a idade.

O consumo excessivo de sal vem sendo considerado um dos fatores causadores de doenças cardiovasculares. O glutamato de sódio é um dos destaques nos países ocidentais, onde o consumo de sal demonstra-se elevado não apenas nas preparações, como também na conservação de alimentos. A alimentação de fato influencia na qualidade de vida da população: o acréscimo de frutas e hortaliças favorece o organismo, enquanto que uma dieta baseada em alimentos industrializados, rica em gordura e sódio está diretamente relacionada aos níveis pressóricos. A relação sódio/potássio vem sendo utilizada como marcador da qualidade da alimentação, sendo que alguns estudos demonstram que esta relação parece ser mais importante que as medidas de sódio e potássio isoladas.

O sódio e o potássio atuam como reguladores de água no organismo: o potássio como diurético e o sódio provocando retenção de líquidos. O sódio, o potássio, o cálcio e o magnésio, são os principais cátions do organismo e a vida só pode ser mantida quando estes eletrólitos estiverem na concentração correta, dentro de cada um dos compartimentos do organismo. Se um desses eletrólitos estiver desequilibrado, os outros também o estarão. Desequilíbrios hidrolíticos e/ou eletrolíticos provocam alterações no nosso organismo, que podem ser apenas ligeiras ou um pouco mais graves.

A ingestão de sódio possui ligação com níveis de insulina, já que esta promove a reabsorção renal deste nutriente, sendo que em situações de hiperinsulinemia esta ação ocorre de forma exacerbada. Este mecanismo demonstra a influência do consumo de sódio em indivíduos portadores de Síndrome Metabólica, sendo que tais indivíduos apresentam reabsorção de sódio significativamente maior. Estudos com humanos demonstram que a restrição de sódio reduziu a resistência à insulina.

As diretrizes mais recentes relacionadas so tratamento de Hipertensão Arterial Sistêmica recomendam a redução no consumo de sódio de todas as formas, tanto para prevenção primária como para tratamento não medicamentoso de HAS, bem como de doenças relacionadas como a Síndrome Metabólica.

Para evitar a retenção de líquidos no organismo e um conseqüente aumento de peso, recomenda-se uma ingestão moderada de sódio na dieta, associada a uma ingestão adequada de potássio, como parte de uma alimentação saudável. É válido conferir no rótulo nutricional a quantidade de sódio presente em cada alimento para que assim os alimentos sejam escolhidos de forma a favorecer o funcionamento do organismo, promovendo uma vida mais saudável, livre de retenção de líquidos e de possíveis doenças interligadas ao aumento de sódio na dieta, além de um acompanhamento nutricional individualizado, que irá identificar as melhores estratégias nutricionais para promover a saúde como vitalidade positiva!

domingo, maio 01, 2011

OBESIDADE




Denomina-se obesidade uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do indivíduo.

Hoje já se sabe que a obesidade é causada por uma complexa interação entre fatores genéticos e ambientais, sendo o meio ambiente o fator principal de ativação ou inativação desses genes. Ou seja, você pode até ter propensão genética para desenvolver Diabetes ou Hipertensão, por exemplo, mas se seu estilo de vida for saudável, você consegue dimiuir muito as chances de desenvolver estas doenças.


A obesidade geralmente ocorre em membros da mesma família, sugerindo a causa genética. Porém, familiares normalmente compartilham de hábitos de dieta e estilo de vida semelhantes, o que também contribui para a obesidade. Assim, fica difícil separar os fatores genéticos dos hábitos alimentares e do estilo de vida.



A globalização trouxe um estilo de vida pouco saudável aos países em desenvolvimento. As pessoas desses países aumentaram muito o consumo de bebidas adoçadas, óleos vegetais e alimentos de origem animal, se tornaram mais sedentárias e mais expostas a um maior nível de estresse físico e emocional. Todos eses fatores em conjunto exercem forte influência no desenvolvimento da obesidade, especialmente naqueles indíviduos que possuem propensão genética para a doença. Nesse sentido, cada vez mais tem-se dado atenção ao impacto do meio ambiente no desenvolvimento das doenças metabólicas como obesidade, diabetes, câncer, hipertensão e doenças cardiovasculares.



Observa-se no Brasil, uma redução dos índices de desnutrição e um aumento da prevalência de obesidade, que vem acompanhada de doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão. Uma pesquisa realizada em 2002 e 2003 também mostrou que os brasileiros aumentaram o consumo de açúcar e diminuiram as frutas e hortaliças da dieta.



Não podemos esquecer, ainda, que as indústrias têm aumentado cada vez mais o investimento em marketing, tornando as propagandas cada vez mais sofisticadas e atraentes, principalmente de alimentos voltados para as crianças. Muitas vezes, esses alimentos têm baixo valor nutricional e vêm atrelados a fatores que seduzem as crianças, como brinquedos e adesivos.



As intervenções de mudança no estilo de vida, aliando uma alimentação mais saudável à prática de atividade física e ao controle do estresse, compõem uma das condutas mais adotadas para a redução do peso corporal. Porém, não são raros os casos de pacientes que não respondem satisfatoriamente a essas intervenções.


Doenças -----------------------------------------------------------------Distúrbios

Hipertensão arterial -------------------------------------------------Distúrbios lipídicos

Doenças cardiovasculares------------------------------------------Hipercolesterolemia

Doenças cérebro-vasculares --------------------------- Diminuição de HDL ("colesterol bom")

Diabetes Mellitus tipo II -------------------------------------------Aumento da insulina

Câncer ---------------------------------------------------------------Intolerância à glicose

Osteoartrite------------------------------------------------- Distúrbios menstruais/Infertilidade

Coledocolitíase -------------------------------------------------Apnéia do sono


Como o nutricionista faz o diagnóstico?


A forma mais amplamente recomendada para avaliação do peso corporal em adultos é o IMC (índice de massa corporal), recomendado inclusive pela Organização Mundial da Saúde. Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg) pela sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura) . O valor assim obtido estabelece o diagnóstico da obesidade e caracteriza também os riscos associados conforme apresentado a seguir:

IMC ( kg/m2) ------------ Grau de Risco---------------- Tipo de obesidade

18 a 24,9                         Peso saudável                              Ausente

25 a 29,9                         Moderado                             Sobrepeso ( Pré-Obesidade )

30 a 34,9                            Alto                                       Obesidade Grau I

35 a 39,9                        Muito Alto                              Obesidade Grau II

40 ou mais                     Extremo                           Obesidade Grau III ("Mórbida")


Abaixo estão sugestões práticas para impulsionar a perda de peso. Junto com a reeducação alimentar orientada por um nutricionista, o sucesso na redução do peso corporal será mais evidente.

•Sempre que possível dê preferência aos alimentos orgânicos para minimizar a exposição a pesticidas, herbicidas, hormônios e antibióticos;

•Beba água filtrada;

•Evite o consumo de gordura trans, alimentos processados e refinados, sal, cafeína, carnes gordurosas e álcool;

•Beba de 6 a 8 copos de água por dia;

•Ingerir uma boa quantidade de fibras diariamente, como leguminosas, grãos integrais, frutas, vegetais, oleaginosas e sementes;

•Ingerir vegatais crucíferos: agrião, brócolis, couve, couve-flor, nabo, repolho, rúcula;

•Ingerir alho, chá verde, romã, limão, alcachofra, própolis, cúrcuma, alecrim, coentro;

•Sempre que possível tomar suco de frutas e vegetais com cenoura, beterraba, coentro, aipo, salsa e gengibre;

•Chás destoxificantes, como: gengibre, alcaçuz, canela.


Procure o quanto antes cuidar da sua saúde com uma alimentação saudável e praticando exercícios físicos, procure um nutricionista !!!

"FAÇA DO SEU ALIMENTO, O SEU MEDICAMENTO" HIPÓCRATES