terça-feira, novembro 22, 2011

QUER EMAGRECER?

Qual a forma mais saudável de emagrecer?


Escolha uma das alternativas  abaixo , depois leia os textos:


Cirurgia bariátrica?   (   )

Fórmulas pra emagrecer? (   )

Reeducação alimentar + atividade física ?  (    )






                                                        CIRURGIA BARIÁTRICA



 Na Edição da revista VEJA , outubro de 2007 , apresenta informação sobre o que acontece com pacientes que se submetem “ Cortar, costurar e emagrecer”, ou seja : A cirurgia do estômago, que começou a se propagar na virada da última década, trouxe uma solução para a obesidade que parecia definitiva. Indicada apenas para casos extremos, com fatores de risco ainda muito altos (2% de mortes, 10% de complicações pós-operatórias), a redução significava, de um lado, cuidados para sempre – comer muito pouco, conviver com náuseas e diarréias – e, de outro, a possibilidade de perder algumas dezenas de quilos e não voltar a engordar. Afinal, como ganharia peso uma pessoa com capacidade estomacal reduzida para o equivalente a uma xícara de café? Passados quase dez anos e cerca de 80.000 cirurgias, as primeiras estatísticas de longo prazo feitas no Brasil mostram que a cirurgia bariátrica, como é chamada pelos médicos, não é, infelizmente, uma solução mágica. Segundo dados do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, um terço dos pacientes recuperou em sete anos bem mais peso do que o esperado. Destes, 5% a 10% voltaram a ser obesos mórbidos, aqueles cujo índice de massa corporal fica acima de 40, quando o desejável é entre 18,5 e 25. "A obesidade é uma doença crônica. A cirurgia é um artifício para controlá-la, mas os mecanismos metabólicos, psicológicos e sociais envolvidos são muito resistentes. O paciente precisa ser acompanhado pelo resto da vida", diz o cirurgião do aparelho digestivo Thomas Szegö, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica em São Paulo.


Ex-obesos que passam pela redução de estômago engordam de novo porque aprendem a enganar o próprio organismo e voltam a fazer o que sempre fizeram: comer demais. "A maioria tem essa volúpia por comer, que a cirurgia nem sempre muda. Aos poucos, eles vão descobrindo os alimentos que dão prazer e que são facilmente digeridos. Percebem que, mesmo sendo pouco de cada vez, conseguem comer o dia inteiro", explica Arthur Garrido, um dos pioneiros nas cirurgias de estômago e chefe do Grupo de Estudos da Cirurgia da Obesidade Mórbida do Hospital das Clínicas. A técnica usada em 85% das cirurgias no Brasil é o chamado bypass gástrico: o estômago é separado em dois pedaços, um bem maior (chamado "ex-estômago"), que fica ocioso, apenas produzindo sucos gástricos, e um pequeníssimo, com capacidade para 20 mililitros, ligado por uma alça diretamente ao intestino delgado. Nessa ligação é colocado um anel de silicone que restringe ainda mais a capacidade de ingestão de alimentos. A pessoa é obrigada a comer pouquíssimo, mastigar muito bem e engolir com cuidado.


Como se burla tanta restrição? Com tudo o que se esfarela, é líquido ou pastoso: salgadinho de pacote, biscoito, sorvete, creme de leite, leite condensado, sopa, amendoim, bebidas alcoólicas. A compulsão alimentar é tão poderosa que algumas pessoas submetidas à cirurgia conseguem alargar ou até romper o anel restritivo. "Pela minha experiência, 80% dos operados saem do hospital com estômago capaz de receber 20 mililitros de alimentos e, depois de alguns anos, a capacidade já subiu para cerca de 100 mililitros", diz o endocrinologista Geraldo Medeiros. Além do padecimento físico e psicológico, a reincidência na obesidade pode levar à segunda cirurgia, igualmente sem garantia de sucesso. O crítico literário Rodrigo Gurgel, 47 anos, de São Paulo, pesava 230 quilos quando fez a operação, em 2001. Perdeu 100 quilos em um ano, mas voltou a engordar. "Passava os dias beliscando. Bolo com café, por exemplo, vai que é uma maravilha", diz Gurgel. Em 2003 foi operado de novo e seu peso se estabilizou, mas no último ano engordou e está com 160 quilos. Gurgel voltou à luta dos cuidados e acompanhamentos – quer ser, pelo menos, "um obeso mais saudável".




PS:       O paciente que se submete a cirurgia bariátrica , e após a cirurgia não  faz uma reedução alimentar e não pratica  atividade física,  ele tem grande chance de engordar tudo novamente. 
              O absurdo  é que hoje em dia existem pessoas que estão comendo pra alcançar o IMC acima de 40  ,   pra fazer  essa cirurgia .  Muitos preferem comer bastante e engordar , algumas vezes,  +10kgs  pra fazer a cirurgia ,  do que emagrecer  apenas 20 kgs sem cirurgia e chegar ao seu peso ideal.
              As pessoas estão deixando de ser saudáveis ,podendo emagrecer com  uma dieta funcional e exercício,  e passam a ser doentes, pois  quem faz cirurgia bariátrica  necessita de suplementação o resto da vida  muitos sentem  nauseas , diarréias  e  tem um quadro severo de anemia.



 

                FÓRMULAS PRA EMAGRECER




     Muito se tem discutido a respeito das drogas utilizadas no tratamento da obesidade. Muitos especialistas são contra o uso de certas drogas, bem como, alertam para o abuso que muitos indivíduos, ou mesmo profissionais não-especialistas, andam cometendo.
     É comum que uma pessoa que deseja emagrecer procure a farmácia em busca de uma solução rápida, como se tomar determinado “remédio” fosse o necessário para alcançar o seu peso ideal achando que, se deu certo com um “colega” dará também consigo. Porém, por trás dessa ilusória rápida perda de peso, se escondem efeitos colaterais e insucesso.
     É claro, hoje, entre os especialistas, e várias pesquisas já mostraram isso, que somente o uso de drogas para emagrecer não é suficiente para uma perda de peso permanente, saudável e eficiente.
     A obesidade é multifatorial e num plano para perda de peso devem estar envolvidos: mudança nos hábitos alimentares, atividades físicas e uma equipe de apoio ( nutricionistas, médicos, profissional de educação física).
     O medicamento bastante usado para o emagrecer,  é a sibutramina  onde os  efeitos colaterais são batante severos:


- Boca seca;


- Apetite elevado ;


- Náusea;


- Gosto estranho na boca;


- Estômago irritado;


- Constipação;


- Insônia ou sonolência;


- Tontura;


- Dores menstruais;


- Dor de cabeça;


- Dor nas articulações;


- Elevação da pressão sanguínea.


Todos sabem que qualquer medicamento apresenta efeitos colaterais, o importante é ter o acompanhamento médico desde o início do tratamento.


Os efeitos colaterais a seguir são pouco comuns porém sérios, e requerem atenção médica imediata: arritmia cardíaca, parestesia, alterações mentais e no humor. Sintomas que requerem atenção médica urgente são: ataque apoplético, problema para urinar, dor no peito, hemiplegia, visão anormal, dispnéia e edema.


Contra-indicações da sibutramina


- Condições psiquiátricas como bulimia, anorexia, depressão profunda ou manias pré-existentes;


- Hipersensibilidade ao medicamento;


- Pacientes menores de 18 anos;


- Tratamentos com outros inibidores ou antidepressivos;


- Hipertensão não controlada;


- Hipertensão pulmonar;


- Lesões em válvulas cardíacas;


- Doença coronária;


- Insuficiência cardíaca;


- Arritmia séria;


- Infarto do miocárdio anterior;


- Infarto ou ataque isquêmico transiente;


- Hipertiroidismo;


- Mulheres grávidas ou lactantes


Aspectos farmacológicos da sibutramina


Sibutramina é inibidor de reabsorção de neurotransmissores que ajuda a elevar a saciedade ao inibir a reabsorção da serotonina em 73%), norepinefrina (em 54%) e dopamina (em 16%). Sibutramina foi aprovada pelo FDA (órgão norte-americano que regula medicamentos) como remédio para emagrecer para tratamento da obesidade em Novembro de 1997






PS:    Além dos efeitos colaterais que a sibutramina causa , 90% dos meus pacientes que chegam no consultório com "obesidade"  já tomaram   sibutramina ,   realmente é assustador como eles relatam que conseguiram engordar 2 x   mais que antes de tomar o remédio, são pacientes bastante ansiosos, com hipertensão , e alguns ainda relatam depressão.




 FICOU CLARO QUE : 

 A CIRURGIA BARIÁTRICA NÃO RESOLVE O SEU PROBLEMA , SEM A REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E O EXERCÍCIO?


 AS FÓRMULAS MILAGROSAS NÃO RESOLVEM  O  SEU PROBLEMA , SEM REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E EXERCÍCIO?


ENTÃO PQ NÃO COMEÇAR  LOGO PELA REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E O EXERCÍCIO??????




REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E ATIVIDADE FÍSICA


 A atividade física e a alimentação saudável é a combinação perfeita para bons resultados, tanto no âmbito estético quanto na melhora da qualidade de vida de um indíviduo.



Engana-se quem acha que só praticar atividade física ou só aderir a uma reeducação alimentar já está fazendo o bastante. É claro que quando praticamos apenas um dos dois já estamos melhorando em 50% nossa forma de viver.


Quando nos alimentamos bem, temos todos os nutrientes necessários para um bom metabolismo orgânico (funcionamento do corpo) e estamos assim nos prevenindo de doenças oportunistas, doenças adquiridas de maus hábitos de vida alimentar. Mas ainda falta um algo a mais que é justamente a atividade física.


Quando praticamos atividade física, colocamos em movimentos todos os músculos de nosso corpo, além de liberarmos substâncias de bem estar em nosso organismo e consequentemente melhorarmos nosso humor.


À s vezes, nos preocupamos com o número de calorias que o alimento nos oferece e esquecemos de verificar o valor nutritivo do mesmo.


Daí a necessidade de nos informarmos melhor antes de iniciarmos uma atividade física sem uma reeducação alimentar e vice-versa.




Consulte sempre um profissional qualificado , NUTRICIONISTA  para tirar suas dúvidas sobre reeducação alimentar.

                                                                                                            

                                                                                                    Karine Paz
                                                                                           Nutricionista Clínica Funcional
                                                                                                



























OBESIDADE O MAL DO SÉCULO

Num tempo em que as formas esguias e os músculos esculpidos constituem um avassalador padrão de beleza, o excesso de peso e a obesidade transformaram-se na grande epidemia do planeta. Nos Estados Unidos, nada menos de 97 milhões de pessoas (35% da população) estão acima do peso normal. E, destas, 39 milhões (14% da população) pertencem à categoria dos obesos. O problema de forma alguma se restringe aos países ricos.

Com todas as suas carências, o Brasil vai pelo mesmo caminho: 40% da população (mais de 65 milhões de pessoas) está com excesso de peso e 10% dos adultos (cerca de 10 milhões) são obesos. A tendência é mais acentuada entre as mulheres (12% a 13%) do que entre os homens (7% a 8%). E, por incrível que pareça, cresce mais rapidamente nos segmentos de menor poder econômico.

O inimigo, desta vez, consiste num modelo de comportamento que pode ser resumido em três palavras: sedentarismo, comilança e stress. Estamos vivendo a era da globalização de um modo de vida baseado na inatividade corporal frente às telas da TV e do computador, no consumo de alimentos industrializados, cada vez mais gordurosos e açucarados, e num altíssimo grau de tensão psicológica.

A obesidade é o maior problema de saúde da atualidade e atinge indivíduos de todas as classes sociais, tem etiologia hereditária e constitui um estado de má nutrição em decorrência de um distúrbio no balanceamento dos nutrientes, induzindo entre outros fatores pelo excesso alimentar. O peso excessivo causa problemas psicológicos, frustrações, infelicidade, além de uma gama enorme de doenças lesivas. O aumento da obesidade tem relação com: o sedentarismo, a disponibilidade atual de alimentos, erros alimentares e pelo próprio ritmo desenfreado da vida atual.

A obesidade relaciona-se com dois fatores preponderantes: a genética e a nutrição irregular. A genética evidencia que existe uma tendência familiar muito forte para a obesidade, pois filhos de pais obesos tem 80 a 90% de probabilidade de serem obesos.

A nutrição tem importância no aspecto de que uma criança superalimentada será provavelmente um adulto obeso. O excesso de alimentação nos primeiros anos de vida, aumenta o número de células adiposas, um processo irreversível, que é a causa principal de obesidade para toda a vida.

Hoje, consumimos quase 20% a mais de gorduras saturadas e açúcares industrializados. Para emagrecer, deve-se pensar sempre, em primeiro lugar, no compromisso de querer assumir o desafio, pois manter-se magro, após o sucesso, será mais fácil.





A "mcdonaldização"

Em ritmo acelerado e escala planetária, as culinárias tradicionais vão sendo atropeladas pelo fast-food. E bilhões de seres humanos estão migrando dos carboidratos para as gorduras.

As conseqüências dessa alimentação engordurada podem não ser inocentes. Artérias entupidas e diabetes são apenas algumas das possíveis conseqüências do excesso de peso. Mas, independentemente das conseqüências, existe hoje uma unanimidade entre os médicos para se considerar a própria obesidade como uma doença. E o que é pior: uma doença crônica e incurável. Como a gordura precisa ser estocada no organismo, todo obeso tem um aumento do número de células adiposas (obesidade hiperplástica) ou um aumento do peso das células adiposas (obesidade hipertrófica) ou uma combinação das duas coisas.

Esse é um dos fatores que faz com que, uma vez adquirida, a obesidade se torne crônica. O indivíduo pode até emagrecer, mas vai ter que se cuidar pelo resto da vida para não engordar de novo. É por isso também que, a longo prazo, os regimes restritivos não resolvem. Com eles, a pessoa emagrece rapidamente. Mas não consegue suportar, por muito tempo, as restrições impostas pelo regime. E volta a engordar. É o chamado "efeito sanfona", o massacrante vai-e-vem do ponteiro da balança.

terça-feira, novembro 08, 2011

PROPRIEDADES FUNCIONAIS DO ALHO





Quase sempre presente nos temperos usados no preparo dos principais alimentos consumidos pelos brasileiros, o alho consiste em um importante elemento que compõe a nossa culinária e as nossas práticas alimentares. O seu uso e as suas qualidades se posicionam para muito além de questões relacionadas ao monopólio do sabor dos alimentos por quem os prepara. O alho, além de adicionar apreciado sabor e aroma aos alimentos, consiste em um acréscimo saudável ao que comemos, sendo plenamente capaz de auxiliar na melhoria de nossa qualidade de vida, qualidade esta que os especialistas consensualmente afirmam estar estreitamente relacionada ao quê e a como consumimos. Em função de seus efeitos benéficos à saúde, diversas reportagens e estudos científicos são realizados sobre esse alimento.

Embora ainda existam controvérsias, a maioria dos estudiosos aponta que o nascimento do alho remonta cerca de seis mil anos e ocorreu no continente asiático, mais precisamente no deserto da Sibéria, de onde posteriormente teria sido transportado para o Egito, para o extremo oriente, por meio do comércio com a Índia e, finalmente, para o continente europeu. Uma diversidade de acontecimentos remotos circunda o uso do alho pelas sociedades da antiguidade e do período medieval.

Na sociedade egípcia, por exemplo, sete quilos de alho eram suficientes para que se comprasse um escravo, ao mesmo tempo em que os trabalhadores atuantes na construção das pirâmides recebiam uma quantia em alho como parte de pagamento e também de sua alimentação diária, tendo em vista a crença de que o seu consumo melhoraria a resistência a doenças e epidemias.

O alho (alium sativum) é um vegetal da família das liliáceas, a mesma da cebola e da cebolinha. Sob essa denominação existem muitos tipos e quase todos se diferem com base no tamanho, na forma, na cor e no sabor, bem como no número de dentes por bulbo, acidez e capacidade de armazenamento.

É considerado um alimento funcional, classificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por ser capaz de trazer benefícios à saúde de quem o consome com certa regularidade. O “algo a mais” desse alimento se deve à presença de nutrientes ou compostos bioativos que, baseado em comprovações científicas e validação de órgãos nacionais e internacionais como a FDA (Food and Drug Admistration), produz efeitos positivos à saúde e reduz o risco de certas doenças.

Uma das propriedades largamente estudada do alho deve-se à presença de compostos organossulfurados (como a alicina), que podem auxiliar na redução da pressão arterial e do colesterol LDL.

A American Dietetic Association (ADA) indica o consumo de seiscentos a novecentos miligramas de alho por dia, quantidade que equivale ao peso médio de um dente de alho cru, forma de consumo diário recomendada para a promoção dos efeitos benéficos.

Para aproveitar as propriedades benéficas deve-se picar e macerar o alho e esperar por 10 minutos para dar tempo das enzimas, presentes no próprio vegetal, agirem, e só então utilizá-lo. Para preparações em que há necessidade de aquecimento, é importante não deixar o alimento escurecer.

Já existem vários suplementos à base de alho no mercado e, em certas situações, demonstram bons resultados no tratamento de algumas pessoas, aliados a outros fatores como a promoção de um estilo de vida mais saudável.

Um dos suplementos disponíveis é o óleo de alho, porém se faz necessário ressaltar que este não possui ação na melhora do perfil lipídico e colesterol sanguíneos, já que os compostos bioativos responsáveis por esse efeito são hidrossolúveis e não estão presentes nesses produtos. Neste caso, a melhor indicação seria o extrato de alho, que também auxilia na melhora da Hipertensão Arterial Sistêmica.

Dentre tantas vantagens demonstradas no uso do alho, não se pode deixar de ressaltar a soberania da individualidade bioquímica, onde cada indivíduo é único e reage de uma forma individual aos diversos compostos e nutrientes presentes nos alimentos. É só observar que algumas pessoas referem má digestão e presença de gases, dentre outros efeitos, ao consumir o alimento.

No caso do alho, alguns compostos presentes podem interagir com medicamentos, como por exemplo, anticoagulantes, hipertensivos e hipoglicemiantes, potencializando ou agindo em sinergia com os componentes dos mesmos.

Dessa forma, um alimento que pode servir como remédio para uns, pode ser como um veneno para outros. Por mais uma vez, a individualidade bioquímica e o respeito à própria natureza se fazem vitais.

Nutrição Clínica Funcional

PIMENTA CONTRA O CÂNCER




A edição de Março de 2011 da Revista Saúde! publicou uma reportagem sobre os efeitos positivos do consumo de pimenta para o nosso organismo. A pimenta vermelha tem sua origem no Brasil (mais especificamente na Bahia) e no Peru, sendo seu descobrimento atribuído aos navegantes portugueses e espanhóis. A pimenta pertence às plantas do gênero Capsicum e nelas há um fitoquímico chamado capsaicina, responsável por garantir o sabor ardido do alimento.

Este ardor causado pela pimenta, no entanto, não agrada a maioria da população brasileira, sendo parte da culinária de alguns poucos estados. A reportagem da revista aborda a importância do consumo de pimenta na redução da pressão arterial. No entanto, a grande maiorias dos estudos apontam para as propriedades antioxidantes, anticarcinogênicas e antimutagênicas da capsaicina.


Este fitoquímico possui a capacidade de reduzir a quantidade de radicais livres no organismo por modular a formação de moléculas pró-inflamatórias através de ações sobre a ciclo-oxigenase (COX-2), prostaglandinas (PGE2) e fator de necrose tumoral (TNF-α), que estão associadas com doenças crônicas como diabetes, aterosclerose e câncer.


A capsaicina inibe a proliferação celular descontrolada, característica de células cancerosas, além de induzir a apoptose (morte) da linhagem de células malignas. Outro mecanismo inibitório do câncer pela capsaicina se dá através da inativação do NF-kB, que é ativado em resposta a vários estímulos extracelulares, como citocinas inflamatórias, agentes infecciosos e irradiação ultravioleta. Uma vez ativado, o NF-kB irá estimular a expressão de genes envolvidos em repostas imunológicas, inflamação e sobrevivência da célula cancerígena.


A capsaicina é encontrada na pimenta malagueta, cayenne, jalapeño, dedo-de-moça, entre outras. No entanto, a quantidade da substância varia de espécie para espécie. A recomendação é o consumo de até 30 mg/dia de capsaicina para que se obtenha o efeito terapêutico. Isso é equivalente a ingerir até 06 unidades da pimenta dedo-de-moça, 03 unidades de pimenta jalapeño ou até ½ pimenta malagueta. Além disso, os frutos de Capsicum são também fontes de vitaminas C, complexo B (tiamina, riboflavina, niacina e ácido fólico) e de vitamina A.


Assim, apesar de poucas evidências sobre os benefícios da pimenta no controle da pressão arterial, a capsaicina é um composto fenólico com grande ação antioxidante e anti-inflamatória. Dessa forma, este fitoquímico é mais uma arma disponível na alimentação para combater as doenças da modernidade.




Nutricionista Funcional , Dr. Guilherme Barros Fernandes